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domingo, 11 de julho de 2010

A morte do Saber Filosófico

O mundo contemporâneo vive uma crise no que se refere à educação. Jovens e crianças estão cada vez mais desinteressados nas escolas e nas formas de ensino. As escolas não preparam mais indivíduos pensantes, e sim autômatos e práticos.

Por volta do século XVII, surgiu uma linha de pensamento chamada de mecanicismo, criada por Descartes que, no qual, influenciou e influencia muito a sociedade ocidental. Este pensamento é baseado em uma visão mecânica, seccionada e prática da realidade. A Revolução Industrial absorveu muito bem a linha de pensamento mecanicista, já que a Revolução foi feita por burgueses que eram muito simpatizantes desse pensamento, pois esse pensamento nega outros pensamentos mais antigos criados pela a Igreja durante a Idade Média. A Revolução fez com que o mercado mudasse e o mesmo passou a impor que as escolas preparassem (treinassem) os indivíduos para a nova ética que surgia, a capitalista. Com o pragmatismo, as profissões foram ficando cada vez mais longe do humanismo. A partir deste momento, algumas profissões, como a de professor, perderam o prestigio na sociedade.

Os ideais da Revolução Industrial além de tornarem o Homem autômato também o tornam individualista, ou seja, ele perde a noção do todo. Esse fato prejudica a formação da cultura do indivíduo e do povo/nação que ele pertence, logo a identidade desse indivíduo também é tolhida por esse pensamento.

A ascensão do pragmatismo, ou seja, automação do Homem fez com que o saber filosófico (o saber crítico) ficasse perdido na História. Portanto, esses fatos nos levam a, no mínimo, uma revisão dos ideais que movem a sociedade e, logicamente, a educação.

Cícero Filgueira (2008)

3 comentários:

  1. Lembrando aos caros leitores de que a crise não é apenas na educação. É uma crise de caráter ético-moral. Vivemos a primazia do vigor técnico - cientifico e aplicamos nossa mais ilustre e deficiente ideologia burguesa. Essa põe de lado os homens (o “ser”, a moral humanística) e coloca em primeiro plano o “ter”, simplesmente. Daí atinge a sociedade como um todo (família, estado, escola...). Sabemos também de que o mecanicismo do qual Cícero tanto fala não se deu apenas como o badalado Descartes, seus sucessores, como o velho Newton, colaboram bastante à formação desta visão partida e micro das coisas e seres.

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  2. Gostei muito do texto Ciço, embora não concorde em alguns pontos. Mas gostei de saber que tu escreve críticas. Já tem espaço lá no meu blog!

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  3. bonitas palavras, mais o que seria do pensar sem sua materialização pela ação?
    O erro não está no pragmatismo em si...
    Só pensar tambem não nos ajuda em nada...
    "Saber e não fazer, é o mesmo que não saber!"

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